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23:16

LENDAS DE PARATY - Lei Paulo Gustavo Secec-RJ/2024

LENDAS DE PARATY é um projeto cultural executado com recursos da Lei Paulo Gustavo Secec-RJ/2024 Neste projeto, levamos aulas de artes visuais para crianças, adolescentes e idosos, tendo como inspiração as Lendas do município. As Lendas de Paraty são parte da história e do nosso imaginário coletivo e foram escolhidas como tema do nosso projeto que atuou em 3 frentes: 1- CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS e de aula de DESENHO E PINTURA em 16 TURMAS do 4o ano do FUNDAMENTAL 1 (ou turmas mistas que continham o 4o ano), sendo: 6 turmas da zona costeira e 10 turmas da zona rural; 2- MEDIDA DE ACESSIBILIDADE: Oficinas de DESENHO e PINTURA para idosos PCDs na Associação de Caridade São Vicente de Paulo (mais conhecida como Lar dos Idosos de Paraty); 3- AULAS REGULARES DE DESENHO E DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS para adolescentes em uma turma fixa em contra turno escolar na E.M. Parque da Mangueira. Para saber mais a respeito, visite o site: www.lendasdeparaty.com

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Exposição Lendas de Paraty na Biblioteca Parque - Contrapartida Cultural

A Contrapartida do Projeto Lendas de Paraty LPG-SececRJ2024 foi uma exposição com dois Mapas Afetivos e as ilustrações realizadas pelo projeto, tanto pelos alunos, quanto pela arte educadora e proponente do projeto. O Mapa de Paraty é o utilizado nas aulas do Primeiro Segmento, e marca todos os locais visitados pelo Projeto: As Escolas Rurais e Costeiras do Município visitadas, a Escola do Bairro da Mangueira e o Lar dos Idosos. Já o Mapa Afetivo do Rio de Janeiro marca todos os projetos contemplados pelo Edital LPG Apoio à Arte Educação - SececRJ 2024 e ficou de presente para a Secec-RJ.

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Criação do Mapa Afetivo LPG ArteEducação SececRJ2024 na Contrapartida da Biblioteca Parque Estadual

A Contrapartida do Projeto Lendas de Paraty LPG-SececRJ2024 foi uma exposição com dois Mapas Afetivos e as ilustrações realizadas pelo projeto, tanto pelos alunos, quanto pela arte educadora e proponente do projeto. o Mapa Afetivo do Rio de Janeiro marca todos os projetos contemplados pelo Edital LPG Apoio à Arte Educação - SececRJ 2024 e ficou de presente para a Secec-RJ. O Mapa de Paraty é o utilizado nas aulas do Primeiro Segmento, e marca todos os locais visitados pelo Projeto: As Escolas Rurais e Costeiras do Município visitadas, a Escola do Bairro da Mangueira e o Lar dos Idosos.

A Exposição

O Projeto Lendas de Paraty visitou 16 turmas do fundamental 1 de escolas da rede municipal, nas regiões rural e costeira de Paraty, e manteve duas turmas fixas, uma no Lar dos Idosos, no Centro Histórico, e outra de Desenho e Histórias em Quadrinhos na escola municipal do bairro periférico Mangueira.

Os trabalhos artísticos expostos nesse site são as obras criados pelos alunos com os quais trabalhamos nesse projeto.

O Projeto

O projeto LENDAS DE PARATY é um dos 40 projetos aprovados no edital de arte-educação realizado pela SECEC-RJ com recursos da LEI PAULO GUSTAVO em 2024.

Esse projeto viabilizou Aulas de Artes nas Escolas Municipais, para o Primeiro e para o Segundo Segmentos, e no Lar dos Idosos, todos em Paraty, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, entre março e agosto de 2024.

Sobre a escolha do tema

Paraty é Patrimônio Mundial de cultura e biodiversidade e estamos cientes do quanto é essencial atuarmos para a salvaguarda da cultura e das tradições.

As Lendas de Paraty são parte da história e do nosso imaginário coletivo e foram escolhidas como tema do nosso projeto de aulas de artes visuais adaptadas a cada faixa etária atendida.

Destacamos que nosso projeto reconhece e valoriza adiversidade cultural, étnica e regional brasileira, com o objetivo de proteger e promover o patrimônio histórico material e imaterial de Paraty, incentivando o interesse das novas gerações nas histórias da cidade e promovendo o olhar respeitoso ao conjunto tombado pelo patrimônio histórico composto pelo Centro Histórico da cidade, cenário de boa parte das histórias abordadas.

Perfil dos alunos

Foram 3 perfis de alunos diferentes:

Fundamental 1: turmas do 4o ano ou multisseriadas, da Zona Costeira e Rural, da rede de ensino municipal - na maioria das turmas trabalhamos com crianças de 9 e 10 anos);
Fundamental 2: turma multisseriada fixa na E.M. Parque da Mangueira - alunos de 12 a 15 anos;
Lar dos Idosos, no Centro Histórico - trabalhamos com idosos de 70+, todos com algum tipo de comorbidade.

Nesse projeto, trabalhamos numa corrida contra o tempo, contra o apagamento das histórias, contra a alfabetização precária do período da pandemia e contra a carência de arte e cultura nas áreas distantes da cidade e na periferia.

O Repertório

Começamos o projeto com as 4 histórias clássicas que constam no livro didático sobre o patrimônio material e imaterial do município, que todas as escolas da rede receberam em 2023. Porém, as aulas no Lar dos Idosos proporcionaram um crescimento inestimável ao repertório do projeto.

Nas aulas do Fundamental 1, depois de contarmos as lendas, perguntávamos às turmas se conheciam alguma história local para nos contar. Quando levamos as lendas das crianças para o Lar dos Idosos, os alunos seniores confirmaram e acrescentaram detalhes às histórias, que podem ser lidas nesse mesmo site.

Material didático dedicado aos patrimônios da cidade publicado pela SME de Paraty

As Lendas

As quatro primeiras lendas são as encontradas no mesmo material didático municipal dedicado aos patrimônios de Paraty publicado pela Secretaria Municipal de Educação de Paraty e encontrados em todas as escolas municipais.
Nos apoiamos nesse material didático como base para o trabalho para incentivar o uso desse livro pelos alunos. Outras 6 lendas foram acrescidas conforme as conversas com as crianças nas escolas, com os moradores do lar dos idosos e mesmo com moradores dos bairros.

Lendas do livro didático

Clique na imagem para ler a Lenda inteira.

A Mãe-do-Ouro

Contam que a Mãe do Ouro, um ser encantado, possui um imenso tesouro.
Ela pode ter muitas aparências. Pode aparecer como uma mulher brilhante, um pássaro ou um lagarto dourado, ou até mesmo um facho de luz, uma bola de fogo, ou ainda, como uma estrela cadente.
Dizem também que ela possui 3 moradias aqui na região de Paraty: uma fica no Pico do Frade, outra no Pico do Cairuçu e a terceira na Toca do Ouro. A lenda conta que a cada sete anos a Mãe do Ouro muda de casa e carrega o tesouro consigo. Quem estiver no local quando a Mãe do Ouro chegar e conseguir ver onde ela guarda esse tesouro, passará a ser dono daquela imensa fortuna. Só que esses 3 lugares são difíceis de chegar. Nem o mais experiente mateiro consegue achar, porque acaba encontrando abelhas, cobras, todo tipo de perigos.
Porém, há quem diga que, na verdade, a Mãe de Ouro mostra um tesouro falso, para que homens ambiciosos se percam na mata.

A Serpente da Matriz

Conta a lenda que um bebê foi deixado, sem maiores explicações, aos pés da imagem da Nossa Senhora dos Remédios, lá na Igreja da Matriz.
Tamanha injustiça gerou um encantamento poderoso, que transformou o bebê em uma enorme serpente! A serpente adormeceu e foi enterrada. E assim, a cidade cresceu ao redor, despreocupada.
Dizem, inclusive, que a localização da nova Igreja da Matriz foi escolhida por causa dessa lenda, para que a imagem da virgem ficasse posicionada exatamente acima da cabeça da serpente, de modo que a santa mantivesse a cobra presa lá.
Essa serpente é tão grande que a ela começa lá na Matriz, passa por baixo da ponte que vai para o Pontal e seu corpo se estende ao longo do Rio Perequê-Açu.
O Rio Perequê-Açu corta a cidade inteira, desde o Penha, que fica na serra atrás da cidade, até o Pontal, a praia onde o rio encontra o mar.
Dizem que é possível acordar essa serpente, mas tal ato exige muita coragem! Pois se algum destemido tirar a imagem da santa do lugar, a serpente vai acordar, bagunçando todo o calçamento, derrubando muros e telhados até destruir a cidade inteira, só por se movimentar!
Por isso, há quem diga que essa lenda foi criada para impedir que roubassem a imagem da santa, que possui detalhes em ouro!
A única forma de apaziguar a serpente furiosa é se uma pessoa corajosa e pura de coração, tal qual Nossa Senhora dos Remédios, acalentar a serpente com afeto, para que o encantamento se desfaça e ela volte a ser só uma criança órfã. Afinal, temos que lembrar, ela é só um bebê assustado.

A Noiva da Santa Rita

Dizem que uma moça da cidade, às vésperas de seu casamento, amanheceu morta, o que causou grande tristeza na cidade inteira. Seus pais ficaram inconsoláveis e seu noivo ficou desesperado. Após o enterro no cemitério que existia ao lado da Igreja da Santa Rita, o noivo, inconsolável, permaneceu no jardim da praça em frente a igreja lamentando sua sorte. Ninguém conseguiu retirá-lo dali. À noitinha ele viu sair da Igreja Santa Rita um vulto vestido de noiva que se dirigiu ao chafariz que existia na praça. Ele reconheceu sua noiva e aproximou-se dela, perguntando o que fazia ali, naquela hora. Ela então respondeu que ia beber água no chafariz, pois havia morrido com sede. Em seguida, sumiu no ar. Apavorado, o noivo procurou os pais da moça e as autoridades, pra quem contou sua visão! Ele tinha certeza de que sua noiva tinha sido enterrada viva! Naquela manhã, abriram a sepultura para verificar o que aconteceu e encontraram o corpo da moça de bruços no caixão.

O Tesouro da Trindade

Diz-se que um fabuloso tesouro, fruto do saque à catedral de Lima, no Peru, estava viajando de navio quando foi saqueado por piratas ingleses e acabou escondido em Paraty, na região da Trindade. Sua localização estaria indicada em estranhas inscrições nas pedras da praia do Cachadaço, na Trindade. No século passado, muitas pessoas unidas de mapas e informações orais vasculharam a região à procura deste tesouro, mas não conseguiram encontrá-lo. Alguns achavam que esse tesouro já tinha sido encontrado por José Roque da Silva, um comerciante que sempre que precisava de dinheiro desaparecia da vila. Ele parecia ter uma imensa fortuna escondida. Ele era tropeiro, com frota própria para transporte dos produtos que desciam do interior para o porto de Paraty. Quando morreu, sua fortuna ficou para sua filha Geralda Maria da Silva, a Dona Geralda que dá nome à uma rua do Centro Histórico, Ela não teve filhos e fez grandes doações para a construção da Igreja da Matriz e para a Santa Casa de Misericórdia, o antigo hospital, e outras obras de caridade.

Lendas colhidas ao longo do projeto

Clique na imagem para ler a Lenda inteira.

A Canoa de Trinta

Esta lenda foi contada por um senhor no ponto de Ônibus da Praia Grande, a praia mais próxima da Ilha do Araújo. O Seu Paulo (da ilha do Araújo) e o Seu Jacir (da Graúna/Paraty-Mirim), moradores do Lar dos Idosos, confirmaram a existência da lenda.

Sabe-se que os pescadores gostam mais de pescar de madrugada, quando está tudo mais silencioso e tranquilo. Pois conta-se que quando os pescadores da região da Ilha do Araújo vão pescar de noitinha quando ainda está tudo escuro e tudo fica quieto e tranquilo. Então começam a escutar uma conversa, muita gente conversando em uma língua que não é possível reconhecer. Forçando a vista, o pescador vê, ao longe, uma canoa compriiida, com 30 pessoas remando, todos juntos, fazendo todos o mesmo movimento e conversando muito, as vezes até cantando juntos. Se o pescador resolve remar até a canoa, não alcança. Se estiver em um barco com motor e ligar, não alcança. Não importa a potência do motor ele vai ficar perseguindo a canoa até amanhecer. Ou até ela entrar em um vão nas pedras da Ilha Comprida, uma ilha pequena que tem lá perto da Ilha do Araújo. Há relatos de que essa Canoa de Trinta também foi vista no Mamanguá.

O Corpo-Seco da Toca do Cassununga

Esta lenda me foi contada várias vezes desde que cheguei na cidade por inúmeros moradores, por se referir a um local importante para a pré-história brasileira, a Toca do Cassununga, que é um sítio arqueológico com sambaquis.
Diz-se que o Corpo-Seco era um homem tão ruim, mas tão ruim, que quando ele morreu nem a terra o quis! Pois quando ele chegou no inferno, o diabo mandou subir. Quando chegou no céu, nem Deus o perdoou. Então ele ficou enterrado na terra, mas então a terra o cuspiu pra fora. Por isso, ainda hoje ele assombra a região.
Trata-se de um homem somente pele e osso, completamente ressecado, mas que perambula sem ter para onde ir. Diz-se que ele era um homem rico, muito egoísta, invejoso e cruel. Ele aparece na Toca do Cassununga, um conjunto de pedras que tem no fim do bairro do Jabaquara, e tenta roubar a energia vital dos vivos que encontra. Arqueólogos já confirmaram a existência de Sambaquis no local, um assentamento humano pré-histórico. A lenda pode ter nascido por terem encontrado ossadas aflorando no local.
Ouvi também uma versão de que ele assombra a ilha de Itaoca, em frente a Praia do Calhaus. Diz que um morador antigo da ilha era de poucos amigos. Quando ficou velho, pediu aos moradores que fosse enterrado na ilha em que morava. Mas, quando morreu de fato, foi enterrado no cemitério de Calhaus. Diz que ele ficou assombrando a praia até o povo se cansar, o desenterrar e levar o corpo para a ilha. Diz-se que ele pode ser visto lá até hoje, mas como ninguém mora lá, não incomoda mais.

O Podário e a Mula-Sem-Cabeça

Esta lenda foi coletada com as crianças da turma da Ilha do Araújo e foi confirmada pelo Seu Paulo, morador do Lar dos Idosos e por uma professora do Corisco que já deu aula na Ilha do Araújo há muitos anos.

Diz que na Ilha do Araújo existe um ‘podário’ muito alto (uma árvore chamada Pau D’Alho). Ao redor dessa árvore, formando um círculo, tem um agrupamento de pedras, inclusive a Pedra do Espelho. Pois quem passa lá no Podário e atravessa o círculo de pedras à meia noite, numa noite de Lua cheia, consegue ver a Mula-sem-cabeça, já que ela está aprisionada lá. Esse horário também é quando a pedra do Espelho se transforma em um portal para outro mundo. Quem atravessa o portal da Pedra do Espelho não volta mais. O garoto que me contou essa lenda disse que sempre encontra roupas largadas no local.
Outra versão de Mula-Sem-Cabeça diz que aparecem duas mulas na Praia Grande do Pouso da Cajaíba. Diz que elas aparecem galopando uma de cada lado da praia e se chocam no centro numa grande explosão. Quando demos aula no Pouso as crianças contaram várias histórias de que a Mula apareceu na casa da tia ou da avó. E diz que ela também aparece à meia noite sob o imenso pé de tamarindo que tem ao lado da escola, a mesma árvore que as crianças brincam todos os dias no recreio.

O Homem da Corrente

Esta lenda foi contada pelo Seu Jacir, morador do Lar dos Idosos que nasceu no bairro o Cabral, um bairro de Paraty que historicamente era um antigo quilombo, mas que atualmente não se reivindica como tal. Esta lenda trabalhei apenas na turma do Fundamental 2, por ser relacionado ao tempo da escravidão e exigir uma conversa mais aprofundada no tema. Não levamos essa lenda para o Fundamental 1, pois não haveria tempo nem ambiente para trabalhar o tema com a sensibilidade necessária.

Seu Jacir contou que quem percorre à noite o caminho que corta o bairro, desde o alto da Catumbeira até o mangue, às vezes pode escutar o barulho de correntes sendo arrastadas e uma voz masculina que grita agonizante “pra onde que eu vou?” Segundo o relato, ele tinha 12 anos quando escutou o Homem da Corrente. Já tinha anoitecido quando ele com os primos estava a caminho de uma festa que ia acontecer na casa de uma comadre. Quando o grupo escutou o lamento e as correntes eles sairam correndo apavorados. No desespero cortaram caminho por um pasto e ao pular a cerca ele rasgou a calça, chegando na festa com a bunda de fora. A comadre dona da festa costurou a calça de improviso e ele pode participar da festa, dançando a ciranda até o amanhecer.

O Lobisomem da Graúna

Esta lenda foi contada pelas crianças da turma da escola da Graúna. Também escutei muitas lendas de Lobisomem em todo o território do Município. Escolhi contar a versão da Graúna para as crianças por ser a mais divertida. E por notar que muitas vezes os mais velhos apelidam desafetos que conhecem de ‘lobisomem’, então a verdade é que o Lobisomem de Paraty tem mais característica de bullying do que de lenda, para ser franca.

Contou o aluno que, quando jovem, o avô dele saiu para caçar com seu cavalo e uma espingarda a tiracolo. A certa altura o cavalo empacou, não ia nem para frente, nem para trás. O homem apeou do cavalo, imaginando que poderia ser uma cobra e intensionava espantar o animal, quando viu um cachorro muito grande no mato. Quando o homem se aproximou do ‘cachorro’, o animal se levantou em duas patas e rosnou! Era o lobisomem! O homem reagiu rapidamente e atirou com a espingarda e viu que acertou o lobisomem e fugiu rapidamente! O homem subiu no cavalo e saiu em correria desesperada, deixando o monstro ferido para trás. O homem correu sem conferir o estado do ferido por que ele sabia que só se mata lobisomem com bala de prata e ele tinha apenas bala comum consigo. Anos depois a caça foi proibida, e hoje em dia esse caso é só uma lembrança da juventude.

A Cobra Cantagalo

Esta lenda foi coletada no livro mais recente do poeta paratiense Flávio Araújo, lançado pelo Sesc.

Há relatos dessa visagem em Cairuçu das Pedras, Ponta Negra, Praia do Sono, Ilha do Araújo, como também em vários lugares da Mata Atlântica.
Quem disse que viu ou ouviu dizer sobre tal fenômeno conta que a Cobra Cantagalo é imensa, reastejando seu corpo sem escamas, mas coberto de longos fios de cabelo e, pasmen, cantando igua a um galo! E tem mais! Sobre sua cabeça há uma grande crista vermelha que, quando levantada, anuncia seu ataque.
Mas não se assuste tanto, a Cobra Cantagalo é apenas mais uma das guardiãs da floresta. Ela protege as matas e os rios, afugentando os verdadeiros monstrengos do nosso tempo: a falta de consciência ambiental e o desrespeito às comunidades tradicionais, como as caiçaras, indígenas e quilombolas.

A Equipe

Elza Keiko

É Ilustradora, designer e foi editora de mangás por 11 anos. É a idealizadora e proponente responsável pelo projeto. Desde que chegou em Paraty, em 2021, atuou como Arte-Educadora da Secretaria de Cultura de Paraty em 2022 e 2023 e em projetos culturais em 2023 e 2024.

Fernanda Rodrigues

Arte-educadora e contadora de histórias, sua simpatia, energia e carisma encantador hipnotiza as crianças na mediação de leitura e letramento. Atua como Arte-Educadora em projetos culturais desde 2022

Rosangela Jotta

Artesã carioca e caiçara de coração, reside em Paraty desde 1986. Conhecedora das histórias da cidade, conduz a aula dos idosos com carinho, paciência e sensibilidade. Atuou como Arte-Educadora da Secretaria de Cultura de Paraty em 2022 e 2023 e em projetos culturais em 2024.

Débora Monteiro

É jornalista, escritora, produtora, cinegrafista e educadora social em projetos de audiovisual e comunicação. Colaborou como videomaker e agente de comunicação da Secretaria de Cultura de Paraty em 2022 e 2023 e em projetos culturais desde 2017.